Todo aquele simples mortal (assim que nem eu) que já tentou interpretar uma lei ou uma decisão judicial, sabe bem que isso é uma tarefa muito difícil e que beira o impossível. É como tentar ler o que está escrito em grego, só que para aumentar o grau de complicação o Google não traduz o "juridiquês", uma espécie de idioma criado por políticos e profissionais do Direito, com alguns termos técnicos e expressões em latim.
Diria até que alguns usam esse modelo de linguagem apenas para ter status e instrumento de demonstração de poder. Acabam afastando a Justiça da sociedade, segundo o advogado Renato Paca no blog Traduzindo o Juridiquês.
Assim como bons médicos explicam o tratamento com palavras simples, um juiz deveria explicar sentenças de modo acessível. Sem precisar de tradução".
Veja por exemplo:
"Denego a liminar pleiteada na exordial, inobstante após a oitiva da parte adversa e da dilação probatória possa lograr alcançar um outro epílogo para o deslinde da quaestio sub examine".
Tradução: Não atendo, por ora, a liminar requerida na petição inicial, ainda que possa chegar a uma outra conclusão após ouvir a outra parte e avaliar as provas produzidas.
* Com base nas informações a partir da revista Super Interessante, edição nº 322
Tem até aquela história do orificio corrugado
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